domingo, 8 de julho de 2012

Horas Felizes


Um curso, uma experiência, um erro, um acerto, uma vivência, uma atitude, uma omissão... tudo contribui para a nossa formação pessoal e  profissional, pois não acredito na separação total das duas.
Pense nos “chefes” que você teve. Eu já tive aquele que era superamigável e divertido, mas não entendia do assunto que estava gerenciando e aquele que era um expert tecnicamente, mas sem habilidade alguma no gerenciamento de pessoas. Nenhum dos dois inspirava a sua equipe. Os melhores misturavam as duas características.
Para gerenciar um setor, um negócio ou um projeto, é importantíssimo ter um conhecimento sólido a respeito do tema (produto, área, core business), mas aptidões multidisciplinares são imprescindíveis.  Um engenheiro, para gerenciar um projeto de desenvolvimento de produto, precisa ter vários tipos de conhecimento, por exemplo, noções na área comercial, em gestão de pessoas, etc. Da mesma forma ,  um psicólogo que deseja ser gerente de RH, precisa ter algum conhecimento técnico do negócio, de finanças ...
Acredito que um bom gerente mescla os conhecimentos da academia com as suas vivências. Na tentativa de ser uma boa gerente procuro aplicar as memórias do Clube de Ciências, do Grupo de Teatro Catavento, do banco de reservas do time de basquete... com o aprendizado da Fabico, ESPM, FGV e UCI.  Lembro das práticas de gerentes que não me agradavam e procuro não esquecer dos erros que cometi com equipes que coordenei. 
Um happy hour (a qualquer hora) com as amigas ou um espumante com as comadres, na minha opinião, podem ser classificados como qualificação profissional, pois ao dar valor aos bons momentos da vida valorizamos nosso trabalho e nossas equipes.

p.s: para investir na minha qualificação profissional, ficarei duas semanas de férias. 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Propósito


                “Qual o seu propósito, seu projeto de vida?” Esta pergunta é feita por muitos recrutadores, selecionadores, psicólogos nos processos seletivos, de várias empresas.  Uma pergunta difícil até mesmo para as empresas, algumas demoraram muito tempo ou ainda não conseguiram responder esta pergunta sobre os seus negócios. 
Há mais de 3 décadas, o planejamento estratégico tem sido o meio mais utilizado para auxiliar as empresas a descobrir qual a sua vocação e traçar seu caminho na busca por melhores resultados.  Já as pessoas, usualmente, vão indo em busca de seus sonhos de forma mais empírica.
Em uma entrevista de seleção, nem sempre se consegue uma resposta verdadeira para a pergunta acima, simplesmente porque o candidato não sabe exatamente qual o seu propósito ou não sabe expressá-lo. O mesmo pode acontecer em um processo de planejamento estratégico. Envolvidos por ideias que vão sendo sucessivamente repetidas, os participantes podem ser levados a apontar caminhos diferentes ao que está na essência do negócio.
Qual é a solução? Na minha avaliação o melhor caminho é adotar um modelo de administração estratégica sistêmica. Cada setor/grupo de trabalho/equipe de projeto é formado por membros que possuem histórias, experiências, expectativas que podem ser divergentes e complementares e que, juntas, formam um organismo vivo e forte, parte de um sistema.  Não considerar esta força é desperdiçar uma energia propulsora para o desenvolvimento do negócio.
Se a pessoa já tivesse encontrado o seu caminho, talvez não estivesse buscando uma vaga naquela empresa. Então, ao invés de perguntar qual o projeto de vida do candidato, talvez fosse melhor tentar identificar se ele quer encontrar o seu propósito no desenvolvimento do seu trabalho, enquanto parte do sistema vivo que é aquele negócio.