domingo, 24 de junho de 2012

Chefe não é crachá!


Ontem, trabalhando, escutei de uma amiga-empreendedora: “Chefe não é crachá”.  Esta frase me reportou a uma discussão um tanto quanto antiga, mas acredito não ultrapassada, sobre chefia e liderança. Já superamos o modelo de chefe que sabe tudo e tem o poder absoluto, mas será que sabemos exatamente qual o papel do gerente/líder/chefe?
Mesmo em organizações horizontais, em algum momento, é preciso ter alguém que dê o norte, seja capaz de mediar as discussões sobre o melhor caminho ou mesmo consiga fazer o coaching da sua equipe.
Seja qual for a situação, o primeiro passo do líder é ter consciência do seu trabalho, se apropriar do seu papel. Não precisa ter todas as respostas, mas deve incentivar a sua equipe a fazer todas as perguntas; precisa ter responsabilidade com todo o processo, ajudar a construir o resultado e dividir as conquistas.
Um chefe ou líder, não deve querer ser um super-herói, mas alguém em quem a equipe confie para orientar, avaliar, auxiliar, sugerir mudanças, agregar informações. Quando um líder não assume seu papel, alguém da equipe vai assumir e o sistema organizacional vai ficar desarmônico, não será bom para o projeto, para o negócio e os membros da equipe sofrerão por não conseguirem realizar seu trabalho da melhor forma.

domingo, 17 de junho de 2012

Lado de fora?


Analisando os números de uma empresa, precisei revisar um conceito em “Administração Financeira”*, um livro de 772 páginas, tamanho A4, praticamente uma “bíblia” da administração financeira corporativa. Apesar de muito usado no meu trabalho, nunca havia notado a dedicatória: “A nossas famílias e amigos, com amor e gratidão”. Com certeza, os autores possuem vários mestres, chefes, colegas de trabalhos que lhes ensinaram muito, mas escolheram as palavras Amor e Gratidão para dedicar sua obra à família e amigos.
 Família, amigos, trabalho - Tudo junto?  E aquela frase clássica repetida milhares de vezes: “quando você entra pela porta da empresa, sua vida pessoal deve ficar do lado de fora”? Em minha opinião, ela foi inventada por algum gestor despreparado e sem vida pessoal, que tentou aplicá-la como se fosse um Mantra.
É certo focar no trabalho no horário dedicado a ele, mas abrir mão do somatório das nossas vivências é uma grande burrice. No final das contas, os valores passados por nossos pais, os exemplos, as trocas que fazemos com nossos amigos nos tornam profissionais mais completos, tolerantes, resilientes, apaixonados...
Gerenciar uma equipe com a mesma dedicação empregada na educação de um filho, aplicar ensinamentos recebidos dos pais ou dividido por amigos, executar um trabalho pensando no legado que estamos deixando para gerações futuras não pode ser algo ruim.
Assim como Ross, Westerfield & Jaffe: meu amor e gratidão ao meu pai, pelos valores, a minha mãe, pelo exemplo de transformar um hobby numa profissão, a minha irmã, por abrir os caminhos, ao meu marido e ao meu filho por me mostrarem todos os dias como a vida pode ser boa e a todos meus familiares e amigos que me ajudam e partilham comigo este desafio diário de gerenciar a vida!

domingo, 3 de junho de 2012

Não aprendi dizer adeus?


Duas frases, ouvidas na semana que passou, inspiraram este post.
 1- “Eles (a empresa) querem que ela vá embora, mas ela está lá há 12 anos e a rescisão seria muito cara, então a colocaram em uma função aquém das suas capacidades para que ela peça para sair”- profissional referindo-se a uma colega de trabalho.
2- “Coitado do cara”- profissional referindo-se a uma colega de trabalho, que havia iniciado há duas semanas e teve seu estágio encerrado por parte da empresa.
E quando a relação não dá certo? Sim, no trabalho também acontece. Pode não funcionar desde o início ou “azedar” depois de um tempo.
Um erro na definição ou avaliação do perfil do profissional pode resultar em uma contratação equivocada. Por outro lado, uma série de fatores como alteração de foco do projeto ou negócio, a mudança de objetivos do profissional, problemas de gerenciamento, entre outros, podem tonar a relação insustentável.
                Se a avaliação criteriosa, feedback, alinhamento de pontos de convergência e redefiniçao de forma de trabalho não funcionaram, talvez seja a hora de encerrar esta relação e realocar ou desligar o profissional.
                 Nas duas situações, o gerente (chefe/empreendedor/gestor) é quem deve tomar a iniciativa encerrar a relação.
                A omissão do gerente ou o seu desejo de ser querido por todos podem fazer com que a relação continue. A consequência pode ser grandes desgastes e prejuízos ao projeto e ao profissional que, desestimulado, se sentirá incompetente e entrará em círculo de insucessos.
                Aprender dizer adeus é uma das lições que um gerente precisa aprender.