domingo, 30 de setembro de 2012

Sempre as pessoas


                      Do período em que trabalhei em fast foods, entre muitos aprendizados, lembro agora do “posicionamento de plantão”.  Momento diário onde o gerente do turno posicionava cada profissional em uma área, passava metas de vendas, observações sobre o dia anterior, etc.
                Esta prática, específica para aquele segmento, pode ser transposta para as reuniões semanais onde os gestores passam as metas para os departamentos, acompanham os projetos em andamento, tomam ciência das dificuldades e recolhem informações para fazer os ajustes necessários. Muitas vezes, esse é um momento normal e burocrático, mas nem sempre precisa ser assim.
                No meu entendimento, o bom gestor deve aproveitar estes momentos (ou criar quando não existem) para perceber o clima da sua equipe ou departamento.  Desenvolver dinâmicas para que aquele grupo expresse realmente o que está percebendo na execução daquele projeto ou tarefa. O follow up da execução pode-se ter através do acompanhamento dos softwares de gerenciamento, mas as subjetividades somente as pessoas podem absorver e transmitir.
                Gerenciar uma organização, departamento ou projeto em cima de projeções e estatísticas baseadas em boas métricas pode garantir êxito. Mas somar a estas a contribuição individual e subjetiva de quem está diretamente envolvido no processo pode garantir o sucesso, a superação das metas, A redução do retrabalho e de custos.  No final das contas, um gestor, por mais ferramentas que possua, deve colocar na mais alta conta a contribuição da sua equipe (O capital humano).
                Naquela época, alguns gerentes seguiam o manual de operações, baseado no mercado internacional, mas os melhores perguntavam ao grupo qual a sobremesa preferida dos clientes e colocavam esta como sugestão para aumentar o ticket médio. Não basta seguir o manual o que faz a diferença é a contribuição pessoal.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Dica 3


A indicação de hoje é a leitura do artigo “Três dicas para fazer mais com a mesma quantidade de tempo”, publicado por Rafael Farias Teixeira, no website Papo de Empreendedor, a partir de matéria da revista Inc.

Se não forem necessárias pra você, talvez possa passá-las a alguém do seu time que esteja com dificuldades para se organizar.
Quem preferir pode ler no original:

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Quando não acontece como estava programado


Em uma semana atípica, minha inspiração não poderia ser outra: e quando as coisas não acontecem conforme o planejado?
Uma das primeiras coisas que se aprende em uma aula de administração/gestão é que para se ter um negócio novo de sucesso é preciso um bom business plan (plano de negócios) e para dar continuidade, um planejamento estratégico.
As duas atividades demandam envolvimento de equipes multidisciplinares e muito tempo dedicado. Através delas é possível definir o foco do negócio, projetar investimentos x faturamentos (= viabilidade econômica), traçar linhas e mercados de atuação, etc.
Usualmente, todos os cenários são definidos através de informações preliminares e projeções do setor. Forças, fraqueza, oportunidades e ameaças (matriz SWOT) são levadas em consideração, assim como a projeção de cenários, diferencial competitivo, etc.
Porém nem todas as variáveis são controláveis e, por mais que se faça tudo certo, eventualmente, coisas podem ocorrer diferente do planejado.
Tenho observado que, na maioria das vezes, a solução está na inteligência emocional. Cabe ao gestor ter esta maturidade de aceitar que o cenário mudou, usar o seu conhecimento acumulado e a experiência de sua equipe na organização. Absorver esta contribuição e refazer o plano de navegação é competência imprescindível a um gestor.  A alteração de uma rota pode impedir o naufrágio de um projeto,   garantindo sucesso na missão.
Apenas aceite e faça!

domingo, 16 de setembro de 2012

“Enquanto isso na Sala da Liga da Justiça”


Hoje de manhã, assisti a um vídeo muito divertido produzido pela Porta dos Fundos (TV por Internet)*. O que torna o filme mais engraçado é o fato de conseguirmos transpor facilmente aquela situação, aparentemente absurda, à realidade de muitas organizações - um chefe de RH demitindo um dos integrantes de uma dupla de super herois.
É comum gerentes “terceirizarem” o feedback negativo aos departamentos de RH, porém estes, muitas vezes, não sabem sequer as atribuições exatas do profissional, então apelam para o discurso “você não é ruim, a empresa que não é boa o suficiente pra você”.  Esta expressão, usada como eufemismo, pode estar apresentando pistas de problemas reais: a empresa não soube escolher o profissional adequado, não conseguiu otimizar as capacidades complementares da sua equipe, não sabe exatamente o que não deu certo e tampouco consegue fazer um desligamento honesto.
A falta de clareza ao expressar os motivos da demissão pode despertar sentimentos primitivos no profissional, como raiva, frustração, desejo de vingança, etc. Estes, por sua vez, podem dar origem a várias situações de efeitos negativos à empresa: sabotagens, desmobilização e desmotivação das equipes, ações judiciais.
Pensar na empresa como a “Liga da Justiça” pode ser um exercício divertido e muito produtivo: ‘Quais são os superpoderes disponíveis?’, ‘Como podemos organizar os herois para derrotar os bandidos mais rapidamente?’, ‘As duplas estão trabalhando em harmonia, conseguindo usar seus potenciais complementares?’ e por aí vai. Sempre lembrando que as reuniões na Sala da Liga da Justiça eram imprescindíveis para todos terem um “overview” da situação e darem as suas sugestões.
*http://www.youtube.com/user/portadosfundos?feature=CAgQwRs%3D

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Dica 2


Nesta semana minha dica é ouvir o programa “Isto é coisa da sua cabeça”, com Inês de Castro, aos sábados, 20h e 20 min, na Band News FM. Há reprises em outros horários e os podcast estão disponíveis no site.
                Hoje recomendo ouvir, em especial: “ A tal geração Y”, publicado no dia 03/09 e do  “Depressão de fim de semana”, publicado no dia 08/09, citado no meu último Post.
http://bandnewsfm.band.com.br/Colunista.aspx?COD=161

domingo, 9 de setembro de 2012

“Não existiria som se não houvesse o silêncio...”


Há algum tempo tenho me incomodado muito com algumas postagens nas redes sociais. Na sexta-feira de noite começam as reclamações sobre como o final de semana passa rápido, no domingo já estão perguntando se falta muito para sexta feira. Na semana passada, uma amiga “tuitou” que odiava as noites de domingo e, depois que mudou de emprego, descobriu que o problema era as segundas. No programa “Isto é coisa da sua cabeça”, de Inês de Castro, na Band News FM, o assunto foi a “depressão” de fim de semana. Domingo é o tema do post.
O final de semana (ou dia de folga, para quem trabalha sábado e domingo) deve ser o momento para renovar a energia, desfrutar, revigorar... se for um momento dramático, devemos avaliar! Estamos exagerando nas expectativas ou temos que repensar nosso trabalhou e/ou nossa atitude diante dele.
Na posição de gestores de equipe, devemos nos perguntar: como a equipe encara a segunda-feira?  Se para maioria este dia é um fardo, é necessário rever a condução do trabalho. As dicas de Dr. Daniel Martins de Barros, na conversa com a Inês de Castro, são preciosas: dar autonomia à equipe quando possível, exemplo, deixar que definam horário de almoço, dar prioridade na execução das tarefas, contextualizar as tarefas exercidas no processo da empresa, entre outras. Mas o mais importante é estar atento ao grupo gerenciado, o clima na segunda pode refletir o estado de espírito do grupo e o gestor precisa intervir para melhorar se não estiver bom. Rever objetivos, realocar profissionais, dar feedbacks construtivos, ouvir!
O domingo é o primeiro dia da semana! Planejar, organizar, esperar coisas boas deve estar na pauta, se isto não for possível, se o desânimo dominar, precisamos “rodar o nosso PDCA*”. Deixo o Milton como inspiração para o final de domingo, segunda, terça... de todos.
*Plan Do Check Act or Plan Do Check Adjust = Planejar, agir, checar e agir ou Planejar, agir, checar e ajustar.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Dica 1


Livro: “O Poder do Capital Gerencial” de Armanda Valin Feigenbaum & Donald S. Feigenbaum.
                A publicação não é nova, de 2003. Este livro foi meu primeiro contato com a utilização de variáveis além das econômicas na formação do valuation de uma empresa.
            
“...empresas de vanguarda estão firmemente direcionadas para o aproveitamento de seu poder gerencial com objetivo de lidar com os desafios. Essas empresas desenvolvem suas capacidades  de mercado e liderança e, depois, utilizam as capacidades para desenvolver, operar, medir e integrar de forma sistemática suas capacidades tecnológicas, marcas relacionamentos com os clientes, recursos humanos, contatos internacionais, processos organizacionais, redes de fornecedores e capacidades de qualidade e serviço.  As empresas de vanguarda consideram todos estes fatores tão fundamentais quanto seus tão importantes ativos físicos e seu capital financeiro.”

domingo, 2 de setembro de 2012

Dicas


Quem acompanha este blog já percebeu que sou “seguidora” da visão sistêmica na gestão organizacional. Informação e conhecimento compõem uma das esferas deste processo, por isso, além do post semanal, decidi publicar dicas de livros, cursos e/ou eventos todas as quartas-feiras.
Para “inaugurar” o espaço DICAS:
Evento: Neurociência – Gestão e Sociedade
Estão chamando o evento desta maneira: “Um dia inteiro para entender como o cérebro reage às informações do dia a dia e como isso pode fazer diferença no seu dia a dia”
No quadro de palestrantes aparecem várias especialidades: neurociência, neurologia, economia, psiquiatria...chamou a minha atenção a especialização de um dos palestrantes: neuroeconomia, até então desconhecida para mim.
Quando: 04/9/2012
Onde: Prédio 40 PUC
Maiores informações: http://www.willneuro.com.br/

“Entender quem manda, entender gente, entender mudança”


Em um encontro empresarial, promovido por um banco, Max Gehringer entre suas histórias e performances, disse a frase que dá título ao post. Na semana que passou, encontrei um caderninho com esta única anotação do evento.
“Entender quem manda” é uma expressão ultrapassada, mas o sentido que ela carrega ainda está valendo.  Não se trata de subordinação cega, mas de entendimento do papel de cada um no processo que necessariamente está associado ao nível de responsabilidade que ele carrega, não apenas ao domínio do uso de ferramentas. Como já escrevi anteriormente, não se aplica apenas para a equipe: o gerente/chefe também deve ter esta consciência e apropriar-se do seu papel.
 Gente pode ser a causa e a solução dos problemas em uma organização/projeto. Entender que, além das adversidades de origem técnica, é preciso estar atento às dificuldades emocionais pode facilitar o gerenciamento e a execução do trabalho de forma harmônica. Mais uma vez, gerente também é gente!
Fala-se muito a respeito da necessidade de se estar atento a mudanças (chega ser chato). Mas, na maioria das vezes, percebe-se que, mesmo com meta nova e objetivo diferente, a tentativa é  de se trabalhar da mesma maneira, com perfis idênticos, repetindo modelos. Entender mudança significa confrontar o próprio trabalho diariamente, fazer perguntas diferentes, observar as reações e não ter medo de fazer novos arranjos, tomar decisões.
Em vários momentos me confundi a respeito de quem manda, em outros tive dificuldade de entender algumas pessoas da minha equipe, por não estar atenta às minhas fraquezas, e já perdi o timing da mudança, mas nem por isso me considero uma péssima gerente. A (auto) crítica e a tolerância também são imprescindíveis no dia-a-dia de quem se propõe a coordenar um grupo ou uma empresa.