domingo, 5 de maio de 2013

À Margem*

Lendo um livro sobre branding me deparei com a seguinte frase “Inovação vem das margens, não do mainstream”*. Aparentemente uma frase muito óbvia, mas será que nos lembramos dela quando pensamos em novos projetos/negócios?
Um bom empreendedor vê na margem a possibilidade de chegar ao “mainstream”, uma possibilidade de negócio, uma nova forma de produzir algum produto ou serviço, ou uma nova abordagem sobre determinado segmento. Ele tem um olhar único sobre uma oportunidade.
Não sou uma empreendedora, me encaixo mais no perfil dos executivos. Ao longo da minha carreira, tenho visto que aqueles que vislumbram novas oportunidades, os visionários, normalmente, ouvem as seguintes perguntas dos investidores, bancos, etc: “qual o modelo de negócio que podemos usar de referência?”; “quais as empresas você pode citar como benchmarking?”; “qual o histórico que abaliza esta oportunidade”?
Seriam perguntas bastante pertinentes se o “avaliador” as quisesse respondidas de forma relativa. Pois se o projeto /ideia é inovador não será possível ter um benchmarking ou apresentar números específicos do negócio.
O empreendedor é aquele que está atento ao comportamento da sociedade, movimentos de grupos específicos, que consegue captar os anseios das margens.
Quem foca no mainstream fica à margem.

*1 texto originalmente publicado no blog Light Life http://gustavoguzinski.com/2013/03/05/a-margem/

*2  Brandjam, de Marc Gobé

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